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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Fazendo faxina em London

Geeeente, tô exausta! 

#forçanoesfregão!#hajapray!#mãonamassa! #soumaispoderosacomluvas! #amowindolene#daminhacasacuidoeu!

Tudo isso para dizer que o dia hoje foi de faxina. O que significa que limpei 2 banheiros, 1 lavabo, 3 quartos, sala, cozinha e corredor. Affff, sem contar que a lavanderia está uma bagunça, cheia de roupas!!! E ainda estou me preparando psicologicamente para fazer o jantar. Com meus dotes culinários, isso significa que ainda vou ter uma cozinha imuuuuunda para limpar. E um jantar duvidoso para servir: salgado ou sem sal? És sempre a questão!

Tá pensando que é fácil a vida em Londres? Aqui não existe uma coisa básica que, aliás, já já deve ficar em extinção por aí: empregada doméstica. Primeiro, porque é muito caro: a hora dessa mão de obra aqui sai, em média, por £10, ou seja, aproximadamente 35 reais. 

Segundo, porque (e também pelo fato desse serviço ser muito caro) as pessoas aqui aprendem desde cedo a se virar sozinha. A varrer a casa, a pôr o lixo na porta, a lavar pratos, a colocar a roupa na máquina e tudo mais que seja necessário para que uma casa "ande sozinha". Aqui a mentalidade é: se você comeu, porque é que EU é que vou lavar?, se você desarrumou, porque é que EU é que vou arrumar?. Cada um que seja responsável pelas suas coisas. O que não significa que uma mãe não possa fazer o jantar da família. Ok, ela pode e, geralmente, é ela quem faz. Mas que, depois do jantar, é o filho quem tira a mesa, é o pai quem coloca o lixo fora e etc. E isso, eu aprendi aqui, não é uma concessão de fim de semana. É normal. Faz parte da vida em família.

Tenho uma amiga de uma amiga que é casada com um lorde inglês. Apesar do título de nobreza, é ela  quem faz o jantar todos os dias e todos ajudam a manter a casa limpa e arrumada. Uma vez por semana, uma pessoa vai lá fazer a limpeza mais pesada. E isso não é nenhum esforço para a "família de nobres". É apenas a rotina. 


É claro que, em decorrência desse estilo de vida, existe todo um suporte. No mercado, por exemplo, você encontra frutas e verduras já lavadas e cortadas, prontas para o consumo. Peixes e carnes cortados e temperados. Se quiser caprichar no jantar, pode comprar da entrada a sobremesa. Tudo semi-pronto e delicioso (a Marks & Spencer é a minha favorita!). Aliás, pode até escolher se quer um jantar inglês estilo comida de pub, ou indiano (acho que é o que tem mais opções), ou italiano, ou chinês ou japonês. Todos esses tipos de comida têm aos montes em qualquer mercado por aqui. 

A faxina também é bem diferente da que estamos acostumados no Brasil. Uma das primeiras coisas que me toquei quando me vi diante de um banheiro a faxinar foi: "cadê o ralo?". Simplesmente, não há ralo  pois basicamente não se usa água para a faxina. Automaticamente, lembrei do meu prédio em Salvador onde toda sexta é dia de lavar os pátios do playground, independentemente de se fazer sol ou mesmo chuva. A ordem é lavar com mangueira e pronto!

Vida de empreguete!

Aqui é tudo na base do spray e do paninho. Por isso vá se acostumando. Senti logo falta da nossa milagrosa Q'boa (como é chamada no Nordeste) ou Cândida (acho que no restante do Brasil) e só vim descobrir produto semelhante meses depois. Mas tô postando fotos dos produtos que mais uso para você não chegar no mercado desavisada.

Atenção: os produtos daqui são fortes, bastante concentrados, portanto use pouco ou diluído em água e, principalmente, use LUVAS!!!! No começo, achei que esse negócio de luvas era apenas coisa da minha mãe que sempre fala: "use luvas para não estragar suas mãos tão belas, minha filha!". Mãos que já foram até modelos da H.Stern - tá pensando o quê? - e é claro que é minha mãe quem sempre lembra disso! Logo percebi que minha mamacita estava era certa. Eu agora com minhas luvas sou "a poderosa", huahua!!
Desinfetante, o "pato" que a gente conhece aí, Vim que a gente tb conhece, Windolene maravilhoso
para limpar vidros e o outro é para superfícies de metal, tipo chuveiro e torneiras

Bleach é Q'boa ou Cândida, os lencinhos de limpeza: vou leva pro Brasil!!!

Outra coisa super eficiente aqui são os paninhos que já vem com produtos de limpeza. Você encontra desses paninhos para limpar banheiro, vidros, cozinha, etc. São várias as opções. Eu uso muito deles no dia-a-dia. Depois de fazer comida, por exemplo, nada melhor para limpar o balcão da cozinha. 

Os eletrodomésticos também facilitam e muito. Aliás, estou com ideia fixa para o meu ap. no Brasil. São 3 que acho fundamentais para quem quer depender cada vez menos de empregada doméstica: 1) ralo na pia. Ma-ra-vi-lho-so!!!! Uma super facilidade na hora de fazer a comida pois você pode cortar batata, cebola, cenoura e tudo mais dentro da pia. E também na hora de arrumar a cozinha pois é só despejar todos os restos direto na pia sem ter que meter a mão no ralo (mesmo com luva!) para tirar todos aqueles restos de comida, arght!!. Basta acionar o "ralo Tabajara", huahuahua!! Tabajara é por minha conta só para lembrar dos tempos do Casseta & Planeta!!!!! 

Outro eletro que acho o máximo: 2) Máquina de lavar pratos - geeeente, nunca realizei como isso é útil. Se bem que tem que usar com cautela pois gasta muita água. 3) Máquinas separadas de lavar e de secar roupas. Além de dar uma controlada na energia (cuidado pois, ao contrário, você pode gastar muito mais), quase não precisa passar a roupa, é só tirar da máquina enquanto ainda está quentinha e dar uma desamassada com as mãos! Save energy and effort!!!!!!

Mas eu preciso confessar uma coisa para vocês: depois de mais de um ano experimentando váaaarios produtos, virando uma expert em limpeza de banheiros (sim, é muito mais fácil quando você sabe como se faz!!) , pegando uma alergia nas mãos (eis o ônus) e, o que eu acho pior de tudo: vacuum (passar aspirador de pó), contratei uma pessoa para me ajudar. Sim, me dei esse direito!!! Esse é o segundo mês que tenho um cleaner, ui, que chique! Hammid, meu cleaner importado da Argélia, é um amor. Toda quarta-feira chega aqui a 1h em ponto e dá um duro danado até as 5h da tarde. Faxina cara da zorra. Mais de 500 reais por mês. Na verdade, ele gosta mesmo é de fotografia, mas vai ganhando a vida aqui em Londres do jeito que dá. Como milhões de outras pessoas de todo o mundo que acham que a vida aqui é melhor. Nem sempre. Altos salários... Altos gastos.

Mas hoje eu estou exausta e feliz. Afinal, "salvei" 40 libras. Aqui, eles usam essa expressão: "save money", o equivalente a "economizar". Portanto, economizei cerca de 150 reais. Já posso ir na Selfridges gastar por conta, né Xan?







domingo, 24 de novembro de 2013

Diana

Gente, vocês já foram assistir Diana? Fui na semana passada. O filme estreou aqui em setembro com direito a premiere na Leicester Square e muitas críticas na mídia. Aliás, tudo que diz respeito a realeza britânica dá o que falar por aqui. Ando perguntando aos ingleses o que eles acham sobre a monarquia e a resposta mais comum é: "bolshit!" De um modo geral, eles acham uma besteira, dizem que não ligam a mínima mas que é bom pois atrai turistas, embora a realeza gaste muito muito dinheiro do povo. Eles acham também que depois da morte de Diana, a monarquia ficou impopular e agora com a presença de Kate Middleton e o nascimento do bebê George a popularidade está retornando. 

O filme conta, de forma romanceada, os dois últimos anos da vida da princesa de Gales com base no livro Diana: her last love, de Kate Snell. O foco é o relacionamento de Lady Di com o médico paquistanês Hasnat Khan. Eu estava curiosa para saber mais sobre essa história que foi pouco divulgada na época e, claro, para conferir a interpretação da australiana Naomi Watts como Diana. 

O filme e a vida real
A caracterização da personagem está ótima, com figurinos idênticos que é só ver para lembrar imediatamente das inúmeras fotos da princesa publicadas em revistas como Caras, como aquela de maiô azul claro no barco do affair Dode Al-Fayed. Só achei meio fake os olhares dados pela atriz de baixo para cima tão característicos de Diana. 

Cenas reais de Diana e do filme



É preciso relevar algumas cenas difíceis de acreditar como a da princesa pulando o muro para fugir dos fotógrafos. Mas fora isso, o filme é leve, gostoso de assistir. A gente fica querendo acreditar que tudo aquilo seja verdade, torcendo para um final feliz que nem nas novelas brasileiras. Aliás, noveleiro mesmo é meu marido que adorou o filme. É dele, o post abaixo.


O Galã de Lady Di (gossip, gossip, gossip)
Tentei muitas vezes ler Ulisses, mas não passei das primeiras páginas. Se minha memória não me engana, eu parava sempre nuns trechos enormes em latim. Isso foi nos tempos da Faculdade de Comunicação. Frustrado, ataquei de Finnergans Wake. Nesse fui mais adiante, mas também não dei conta. O jeito foi apelar para Dublinenses e, finalmente, poder me gabar que li alguma coisa de Joyce.

Gosto mesmo de novela. E aqui em Londres, tenho sofrido com a falta da Globo na minha telly. O jeito foi atacar de Record. Já vi José do Egito, Prova de Amor, o remake de Dona Xepa e agora estou me divertindo com Pecado Mortal!!!

Foi nesse espírito que fui ver Diana. E ADOREI! Saí de lá curioso para ver a cara do cirurgião misterioso que foi "o amor verdadeiro da princesinha de Gales". E na internet descobri que o Dr. Hasnat Khan da vida real é tão feioso quanto o orelhudo (Naveen Andrews) que o interpretou no cinema. 

Dei maior ponto a Diana. Enfrentou na moral um orelhudo, barrigudo, boca de cigarro, comedor de hambúrger, que morava num pardieiro. O filme bota ela de 4 pelo camarada. Lady Di corre atrás, vai pra porta do prédio gritar para ele aparecer na janela, se rasga toda, faz faxina no ap dele e vai até pro Paquistão pedir permissão da família do doutorzão. 

Mas valor mesmo dei ao Doutor Paquistanês. O cara ficou na maior boca de siri. Nunca falou do relacionamento com ninguém. E ainda ficou puto com o filme que, por sinal, bota ele como o maior machão da história moderna. Ele não quis viver aquele mundinho de Diana e ainda deu um pé na bunda dela. E nunca falou disso para a imprensa. Um verdadeiro cavalheiro. Vai entender.

Recomendo ardentemente o filme. Só dêem um descontinho nas culhudas, mas é diversão de primeira. Aqui foi maior celeuma, pois o doutorzão esculhambou só de ter visto o trailer. Depois de ver o filme, sugiro a leitura desse link para saber o que é verdade e o que é mentira no sentido extramoral: http://www.historyvshollywood.com/reelfaces/diana.php

Hasnat Khan na época do romance

Hasnat em foto atual

Cenas do filme


domingo, 10 de novembro de 2013

Poppies de Novembro

Saí do curso ao meio-dia e meia. Entrei no ônibus 24, como de costume, mas não sei porque a última parada dele foi em Trafalgar Square e não na New Scotland Yard, ao lado da minha casa. Decidi ir andando, cerca de 20 minutos. 

Passei pelo Thames. Vi a London Eye do outro lado. Entrei por Westminster. Dei de cara com um monte de turistas tentando a melhor foto do Big Ben, normal. Segui pelo Parlamento até a Abadia de Westminster. O movimento ainda maior que o usual chamou minha atenção. 



No jardim da Abadia, dezenas de idosos passavam lentamente de um lado para o outro, alguns com uma cruz na mão, todos com uma flor vermelha na lapela. A flor é a poppie, usada por muitos ingleses em novembro. Uma homenagem aos combatentes que morreram nos campos de batalha.



Amanhã é comemorado o Remembrance DayUma celebração com a participação da Rainha que acontece todo ano na décima primeira hora do décimo primeiro dia do décimo primeiro mês, que foi quando foi assinado o Armistício que pôs fim à Primeira Guerra Mundial, em 11 de novembro de 1918. 

Amanhã é o dia da celebração mas as homenagens aos que morreram nas guerras começam no início de novembro. Durante todo o mês, os ingleses usam uma flor, a poppy, presa geralmente do lado esquerdo do casaco. A escolha pelo lado esquerdo tem explicação, segundo eles: para os homens porque é o lado em que eles recebem as medalhas e para as mulheres pois é o lado em que a viúva deve honrar a medalha do marido. As flores, em geral de plástico, são vendidas em vários pontos de Londres, principalmente nas estações de metrô, e o dinheiro arrecadado vai para a Royal British Legion Poppy Appeal Benevolent Fund, instituição dedicada aos veteranos e seus dependentes.



Para nós, brasileiros, que não sofremos as consequências de uma guerra como os europeus, é difícil entender a importância que eles dão a essa data. Tenho viva em minha memória uma história que meu pai me contou. A família russa teve de deixar o país por causa do comunismo. Por conta disso, meu pai nasceu na antiga Iugoslávia. Nas andanças pelo mundo, foram parar num campo de refugiados na Áustria. De lá, fugiram numa carroça durante uma noite. Tiveram que deixar pra trás meu bisavô. Ele próprio renunciou a fuga e de certa forma a vida por se sentir velho e doente. - "Eu só vou dar trabalho para vocês, me deixem ficar", teria dito. Meu pai conta que depois meu avô ainda tentou localizar o pai, em vão. Nunca mais tiveram notícias. 

Isso foi o mais perto que eu estive da guerra. Uma história que ouvi na infância e me emociona ainda hoje. Por isso, respeito a dor da guerra. Daí eu ter parado para contemplar os velhinhos ingleses a procura de um nome entre tantas cruzes. São milhares. 

O meu lado jornalista pulsou forte e tive vontade de entrevistar aquelas pessoas, conhecer aquelas histórias. Senti o peso de uma realidade que não é minha, não é do meu povo nem do meu país, mas que me pertence porque diz respeito ao homem, ao ser humano, num dos seus momentos mais dramáticos. 

No ano passado, escrevi um post sobre este assunto onde conto o que é a poppie e o porquê ela simboliza os combatentes ingleses que morreram nos campos de batalha. Você pode conferir em:
- Poppies, Remembrance Day e Eu com isso?

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Coisas Inusitadas em Londres

Londres é o inusitado. Bastam 15 minutos por aqui para se ter a certeza disso. 

Lembro de quando era adolescente, tirada a alternativa, e queria vir para Londres, a cidade dos punks. Pois os punks estão envelhecendo e ficando em extinção por aqui. Mas figuras é que não faltam. As mais diferentes, as mais bizarras, as mais engraçadas. 

Aqui, você pode ser quem você quer ser - desde que não agrida o direito de ninguém. E, seguramente, vai encontrar pessoas que se identifiquem com você. Bares, restaurantes, clubs, lojas. Dos mais esquisitos aos tradicionais. 

Entre tantas coisas inusitadas que venho encontrando em Londres, destaco algumas aqui para vocês.

  • Um cachorro figurando a vitrine de uma loja em Brick Lane. Ia passando pela loja sem perceber que ele era de verdade, foi quando vi o rabinho dele balançando discretamente para as pessoas na rua. E o dog entra no clima e fica mesmo paradinho. Oh, so cute!


  • Quer entrar literalmente numa fria? Que tal esse bar na Heddon Street, uma transversal da famosa Regente Street? Aqui "tomar uma gelada" é redundante. Até os copos são de gelo, incluindo as paredes e as mesas. 





Para entrar no Icebar, você recebe essas roupas térmicas e luvas especiais O ingresso custa £14 (£16 aos sábados) e lhe dá o direito de ficar por até 40 minutos. Difícil é aguentar mais de 10 minutos aí dentro... 
http://www.belowzerolondon.com

  • Descobrir que você tem um antepassado inglês e ainda por cima famoso. Eu estava numa livraria procurando um livro para Iuri e me deparei com a biografia Bertie. Geeente, comprei o livro e estou louca para descobrir quem é essa celebridade que leva o meu sobrenome, huahuahua!
"Bertie"
  • Tomar um coco gelado na rua mais badalada de Londres. Estávamos em plena Oxford Street quando demos de cara com essa barraca de cocos. Claro que bateu imediatamente saudade da nossa Bahia. Mas sabe quanto para matar essa saudade? 12 reais o coco gelado. E nem tem o marzão para dar o clima.


Olha só o que fizeram com o coco...

  • Se sentir num cocoon nesse banheiro (sim, é um banheiro!) do restaurante Sketch. Esquisitíssimo! http://sketch.uk.com

  • Tomar uma no:

O bar fica na Lisle Street, bem perto de China Town. 

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Mari Vanna - Restaurante Russo

Já fui a alguns restaurantes russos em Londres. É que meu pai é russo e pra todo lugar que viajamos, sempre procuramos uma comidinha russa. 

Dos quatro restaurantes que fui aqui, o meu favorito é o Mari Vanna, em Knightsbridge. Gente, que graça! Não me lembro de ter visto um restaurante tão cheio de detalhes. Tem duas paredes só com retratos. Eu prontamente tirei foto e prometi imitar. Quero uma igual na minha casa! 

Belezinha, não?

Fomos comemorar o aniversário de minha irmã, Alessandra



Detalhe para a louça
Matrioskas pra tudo que é lado. Pratinhos nas prateleiras, lustres de louça, cristais de St. Petersburg, um monte de livros russos. E o banheiro? Ah, não deixe de ir ao banheiro. Eu tomei um susto quando entrei: será que tem alguém discutindo em pleno banheiro do restaurante? Até que me toquei que era uma novela. Uma novela russa completa o clima em pleno banheiro que, aliás, é lindo. Estou até pensando em fazer um post só com fotos de banheiros londrinos pois aqui tem uns belos e outros bem  inusitados, rsss.



Para mim, a ida ao Mari Vanna já vale pelo lugar. Aliás, o restaurante acaba de ganhar o prêmio "New Design Time Out Award".

Iuri
Mas vamos a comida. De entrada, peça blini (parece uma panqueca) com salmão (£23). Ou experimente o borch, uma sopa tradicional russa que leva carne, beterraba, repolho, cenoura, batata e outras verduras, e vem acompanhada com uma espécie de creme de leite, o sour cream (£10). 

São várias as opções de prato principal. A primeira vez que fui, pedi um carneiro e não me arrependi, estava muito bom (rack of lamb £24). Mas você pode pedir também os pratos mais tradicionais como o bolinho de carne (lá só tem de frango) com purê de batata (£14). Peça para o garçom lhe explicar como são os pratos de massa como Pelmeni e Golubtzi.

E de sobremesa, eu super recomendo o Napoleon (£10): uma torta folhada ma-ra-vi-lho-sa! Ai, quero mais!!!!! 

Ao final do jantar, o garçom sempre oferece um cálice de vodka, se prepare então para a saideira!

Eduardo e Alessandra
O Mari Vanna fica aberto todos os dias de 12pm a 1am. Lá também tem chá das 5, que vou experimentar em breve. A filial de Londres é a mais nova. O restaurante surgiu em St. Petersburg e há filiais também em Moscow e New York.


Vale dar uma olhadinha no site. É muito bonitinho! http://marivanna.ru/london/

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Paul McCartney na Oxford Street

Essa é para os fãs de Paul McCartney. Amanhã, as 3 horas da tarde, Macca vai estar autografando o novo álbum NEW na HMV da Oxford Street (na loja que foi reinaugurada mês passado, a mais perto de Marble Arch). Sessenta pessoas que se inscreveram no twitter de Paul vão ser as privilegiadas. Além de garantir o autógrafo, vão ser as primeiras da fila. E olha que essa fila promete, hein? 

Adooooro Paul McCartney mas não pretendo entrar nessa fila não. Acho que estou ficando velha pra essas coisas. Mas claro que nada me impede de ir dar uma olhada e tirar umas fotinhas! Quem sabe não me esbarro com ele em plena Oxford Street... Lembro da emoção (e como poderia eu esquecer!) quando encontrei Macca e a então namorada Nancy Shevell em Copacabana, Rio, há dois anos. A foto - diga-se de passagem, péssima (estava nervosa, ora) - é uma relíquia.

Quando encontrei Paul no Rio de Janeiro
Lançado essa semana, NEW é o primeiro disco de inéditas em 6 anos e o 16º em estúdio. De acordo com as críticas, "em NEW encontramos tudo o que se espera do Paul: rocks, baladas, jogos vocais, belas melodias e arranjos que remetem aos Beatles e aos discos com o grupo Wings". 

Eu particularmente achei a música de frente New muito bacana. Com uma melodia simples, que dá vontade de ficar cantando e cantando. Lembrou-me English Tea, a mesma doçura. http://youtu.be/BkbbP0ozyMs

Outra coisa que achei interessante é que nesse disco, Paul conta com um time de jovens produtores, dentre eles Giles Martin - filho do "quinto" Beatle, George Martin, Mark Ronson (de Amy Winehouse) e Paul Epworth (da cantora Adele).

Li em algum lugar que "o álbum celebra o reencontro do cantor com o lado bom da viga conjugal e a vontade de mostrar isso para o mundo". Oh, que bom que o nosso Macca está feliz da vida aos 71 anos ao lado da mulher Nancy Shevell. Tomara que ele continue assim inspirado e nos brinde com novos trabalhos nos próximos anos. E com novos shows também. Estou aqui em Londres há um ano esperando um show dele e até agora nada...

Um crítico dispara: "no saldo, New é um disco que agradará aos fãs de Paul, mas sem tirá-los da zona de conforto" - mas quem disse que queremos daí sair? Tá tão bom assim... E vamos de NEW!!

Eu no meu momento NEW: new hair style!!!
We can do what we want
We can live as we choose

You see there's no guarantee

We've got nothing to lose

Don't look at me

It's way too soon to see

What's gonna be, don't look at me

All my life

I never knew what I could be
What I could do
Then we were new
oo-oo-oo-oo


We can do what we want

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

O que não fazer em Londres (4)

Da série foras e furadas em Londres*.  Seguinte: é fato que inglês não é muito tolerante com criança. Aqui, a criançada tem que andar na linha. Não sei bem qual a mágica que os pais fazem mas realmente os pequenos costumam se comportar muito bem nos lugares públicos. Os restaurantes ajudam, empurram logo desenho e um monte de lápis de cor. O comportamento esperado é um só: o bom comportamento. Tolerância quase zero para quem foge a regra. 

Outro dia estava num pub com meus "dois anjinhos". Lara resolveu extrapolar nas brincadeiras e acabou debaixo da mesa. Eu: - Levante daí porque o homem vai brigar com você, viu? Ela continuou. O que aconteceu? O garçom veio direto para nossa mesa e brigou... não com ela, mas com a mãe dela!

Iuri pendurado no poste e ainda falando ao celular!
Tem uma de Iuri também. Nós estávamos em frente ao Palácio de Buckingham aguardando para ver a troca da Guarda. Dezenas de pessoas na nossa frente. Iuri, o esperto, subiu logo em cima de um poste para garantir a visão privilegiada. Não demorou dez minutos e veio um guarda de lá, montado num cavalo, diretamente para falar com ele: - Desça daí! Isso não é árvore para você ficar pendurado, não! 

Dias depois, no St. James Park, mal Iuri subiu numa árvore, chegou uma policial: - Você precisa descer daí, isso não é poste para que você possa subir, não! Kkkkkk, que tal entrarmos num entendimento, folks?


Meninos, isso não é um poste!
Iuri na árvore do St. James Park










       

Recentemente, passamos por uma aqui mesmo no nosso prédio. Alexandre escreveu um post sobre o episódio:

DOIS "ANJINHOS"
















Tão vendo essas carinhas de anjo? Não se enganem não! Pensem em dois meninos bagunceiros. Não sei a quem puxaram! rsrs. Deve ter sido a mãe.

Hoje, o vizinho de baixo veio reclamar do barulho e me matou de vergonha. Porque aqui na Inglaterra é assim. Você pisa no pé do sujeito e ele pede desculpa antes de você. É um tal de sorry pra lá, sorry pra cá. E não é dizer que só os ingleses são educados, pois o que mais encontro por aqui é gente de toda parte do mundo. Ou seja, vou andando pelo metrô e é sorry pra todo lado. Em todos accents.

Mas voltando ao vizinho debaixo. Chegou aqui pedindo desculpa pela intromissão e reclamou da barulheira das crianças. Eu constrangido, de pijama, joguei o clássico: "sabe como são as crianças, né?" O sujeito, para me deixar ainda mais sem graça, me deu duas caixas de chocolate pra entregar pros meninos. PQP. Que mico!


Fica, portanto, a dica: se você vier com crianças para Londres, com certeza vai ter vários programa para fazer com elas. Agora, se elas forem acompanhar você em programas de adultos, be careful! Ou, adaptando a expressão mais tradicionalmente inglesa: keep your children calm and carry on!!!!



sábado, 12 de outubro de 2013

O bairro de Victoria


Quando saí do Brasil para vir morar em Londres jamais imaginaria que iria deixar o bairro da Vitória, onde moro em Salvador, para alugar um apartamento justamente em Victoria, zona central de Londres. Coisas do destino...

Larinha "fashionista" passeando por Victoria

Lara batizou esse monumento de "Pato Fú" (não me pergunte porquê) - ao lado da estação de St. James Park

New Scotland Yard - da lado da estação de St James Park

Pois bem, moramos no terceiro andar de um prédio de estilo bem inglês. Westminster Palace Gardens, na rua Artillery Row, uma transversal da Victoria Street. E o bairro de Victoria é simplesmente delicioso (assim como o meu de Salvador, diga-se de passagem). E não só sou eu quem falo não. O bairro foi matéria da Vogue London, tá?
Revista Vogue London

Com o título Victoria's Secrets, o texto da Vogue fala sobre arecente transformação do bairro de Victoria: "de um simples lugar de passagem, vem se tornando um dos destinos mais desejáveis de Londres". 


Por causa da Victoria Station, estação de metrô e de trem, a região sempre teve grande circulação de gente. Os turistas sempre tiveram presentes por aqui a procura do Big Ben, do Parlamento, da Abadia de Westminster.

De uns tempos pra cá, com a construção de prédios comerciais modernos e bem bacanas (tem um enooorme sendo construído), o bairro passou de apenas local de passagem para ser o destino de muitos trabalhadores londrinos. E como a tendência é morar perto do lugar de trabalho, a região se adequou, oferecendo boas - e caras - moradias. 
Vogue London

De acordo com a Vogue: "Victoria está sendo transformada de via central em um destino incomparável para se trabalhar, viver e se divertir". Quanto a "se trabalhar", eu não sei. Mas para viver e se divertir, é mesmo tudo de bom!

Victoria não foi a nossa primeira opção em Londres. Aliás, viemos parar aqui meio que por falta de opção. Mas, lhe digo: adoooooro!

Só para ter uma ideia, meu prédio fica a apenas 3 minutos da estação de metrô St. Jame's Park e a 7 minutos da estação Victoria. Pelo menos dois mercados ao lado. Uma loja de departamento enorme, a House of Fraser, bem em frente ao prédio. Lavanderia e salão é o que não falta. A direita do prédio, o lindo e histórico pub The Albert, a esquerda, um outro pub que ainda não fui mas que vive lotado. Para chegar a escola de Lara, levo cerca de 10 minutos.

E o que é o melhor de tudo: o prédio fica a apenas 9 minutos da Abadia de Westminster e a uns 12 do Big Ben. Ou, se seguir pelo outro lado, pode-se chegar ao Palácio de Buckingham em dez minutos. Tudo a pé.

A matéria da Vogue London segue dando uma série de dicas de restaurantes, cafés e lojas considerados pela revista "the jewels in Victoria's crown". Desses, destaco aqui alguns e complemento com os que mais gosto:

CAFE:
Royal Quarter Café - com decoração clean e de bom gosto, esse café é uma ótima opção para um relax antes ou depois de um passeio turístico pelos arredores. Recentemente inaugurado em Victoria, com lojas já famosas em Chelsea e Battersea, o Royal Quarter Café é um lugar super agradável onde você pode ir para tomar o café da manhã, um chá das cinco ou mesmo para jantar. Aliás, essa é uma grande vantagem do local: um amplo horário de funcionamento (seg. a sáb.: 07:30 - 22:00 / dom. 08:00 - 22:00).  (a torta de chocolate amargo com brownie é maravilhosa!!!) http://royalquartercafe.com

Na Victoria Street, você encontra todos os cafés tradicionais: Starbucks, Café Nero, Costa ou Pret a Manger.  

LUNCH:
A Strutton Ground é uma rua paralela ao meu prédio que eu adoro. Se você for durante a semana no horário do almoço, vai encontrar um monte de barracas de comidas variadas e um monte de gente também. Entre na fila e peça um sanduíche de frango assado com tempero  "da casa" ou um combinado de falafel com hummus.

É nessa rua que fica a Blanche Eatery, uma boa opção para um almoço simples com saladas deliciosas e sem conservantes. Sempre lotada, a Blanche serviu de inspiração para o novo conceito de restaurante que o Jamie Oliver pretende lançar em Kings Gate (aqui mesmo em Victoria) no próximo ano. http://www.blancheeatery.com


Pubs - se quiser almoçar num pub, sugiro o The Old Star, em frente a estação de St. James Park. O fish and chip de lá é uma delícia, bem sequinho e crocante. Para mim, um dos melhores que já provei por aqui. 
Família reunida no The Old Star
Xan e Iuri em frente ao The Albert

O The Albert (meu vizinho) também é bom mas lá vale mais pelo ambiente do que propriamente pela comida. Com exceção do Sunday Roast, o assado de domingo, que costuma ser bem servido nesse belo pub.

EVENTS:
Billy Elliot - a história do menino que quer se tornar um bailarino e enfrenta todas as dificuldades de uma sociedade machista ganha no Teatro Victoria Palace ainda mais vida do que no cinema com as músicas de Elton John. O teatro é uma atração a parte, construído do jeito que é hoje em 1910, a sua origem data do início do século XIX. 
http://billyelliotthemusical.com 

Wicked, A História Não Contada das Bruxas de Oz - Vá com ou sem suas crianças, vale a pena para qualquer idade. A peça já quebrou recordes de bilheteria no Teatro Apollo VictoriaVocê vai entender como duas senhoras: uma "inteligente, animada e de pele verde", e a outra "bonita, popular e superficial", se tornam as conhecidas bruxas do Mágico de Oz:  a Bruxa Malvada do Oeste e Glinda, a Bruxa Boahttp://www.wickedthemusical.co.uk 

Veja também:
Westminster Cathedral - tirei essa foto em janeiro, numa tarde de neve
Westminster Cathedral - não confunda! Não tem nada a ver com a  Abadia de Westminster. Já socorri vários turistas perguntando onde era a Catedral de Westminster. Catedral e Abadia de Westminster são completamente diferentes. A Catedral Metropolitana do Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor ou Catedral de Westminster é um templo da Igreja Católica. É a maior Igreja Católica Romana na Inglaterra e no País de Gales. Foi construída em 1850.

Pacha (club) - a famosa boite de Ibiza é recriada em Londres num prédio histórico de 1920, localizado atrás da estação Victoria, com teto todo de vidro e paredes com painéis de carvalho original. Pegue a roupa mais estranha, mais diferente, mais louca no seu armário e se prepare para a nighthttp://www.pachalondon.com