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sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Winter Wonderland

Não sou chegada a frio não, mas fico torcendo para que o inverno venha logo só por um motivo: Winter Wonderland. Um parque maravilhoso que é montado todos os anos no Hyde Park. Adoooro! Fui no ano passado mas estava tão frio que não deu para curtir direito. Voltei três vezes esse ano. Desconfio que gosto mais do que as crianças. 



Logo na entrada fica o Christmas Markets: são dezenas de chalezinhos de madeira vendendo coisas variadas. Roupas, acessórios, enfeites de Natal, artesanato. Eu me encantei com as bonecas russas. Queria parar em todos os chalés, mas com as crianças (e principalmente com o marido!), é impossível.

As matrioskas russas

Pela foto não dá para ver direito mas eles dão um efeito super bacana

O parque é todo muito bem cuidado. Eles colocam um piso  no chão para cobrir a grama e a terra, o que é ótimo porque tem chovido bastante por aqui apesar de não estar tão frio como no  ano passado. E os detalhes da decoração são encantadores. 

Têm brinquedos para todas as idades. Larinha se esbaldou. Andou de avião, de carro, de moto, de carruagem e até de rena. Tomou logo uma queda, se sujou inteira mas nem ligou de tão empolgada que estava.




















Helter Skelter
Esse tobogã em forma de espiral aí da foto é o Helter Skelter, super popular aqui na Inglaterra. Tem até música dos Beatles com esse nome. "Quando eu chego ao chão, eu volto para o topo do escorregador, onde eu paro, me viro e saio para outra volta até que eu volte ao chão e te veja novamente", canta Paul MCcartney no Álbum Branco, embora a música vá por caminhos, digamos, mais profundos.


Iuri descobriu aqui os brinquedos Adventure (mas devem ter no Brasil também). São tipo uma trilha. A pessoa entra e tem que percorrer um caminho, passar por vários obstáculos, até chegar ao final. 
Iuri já nos últimos obstáculos do brinquedo preferido dele

Agora, têm uns brinquedos barra pesada que são pros "fortes". Suei frio só de olhar. Affff, não dá pra mim, não!

E aí, encara?
A entrada para o parque é gratuita. Lá dentro, os preços são razoáveis. Os brinquedos de criança custam em média 2 tokens. Já a roda-gigante, por exemplo, custa 7 tokens, 5 para criança. 

O token é a ficha, que no meu tempo era de metal, cinza e bem parecida com a ficha de telefone, e que agora é um papel tipo "cupom fiscal". 1 token = 1 pound. 1 pound = quase 4 reais. Nessa brincadeira, gastamos foi 100 pounds.




Olha só a Barbie que achei no parque.
Detalhe para o anel de gatinha!!!


















Entre uma atração e outra, dê uma paradinha estratégica na Bavarian Village. Bem ao estilo alemão, a vila tem música ao vivo e comida gostosa. Experimente a batata com frango ou o cachorro quente com salsichão alemão. Para beber: mulled wine, a melhor opção para afastar o frio. 

No Bavarian Village
Eh delicia!!

Esse ano, a novidade está no The Magical Ice Kingdom, um espaço todo de gelo com floresta, castelo e até cisnes gigantes que você pode sentar. E pela primeira vez, a atração traz também o Ice Bar. Mas vá bem agasalhado porque a temperatura ali é de -8 graus.



Arranje tempo e disposição para também: patinar no gelo, ir na roda-gigante, ver o circo, conhecer papai noel e muito mais. Haja coisa pra fazer por ali... Agora vá rápido, eu sinto lhe dizer mas o Winter Wonderland acaba neste domingo, dia 5. Ou então, quem sabe, no próximo inverno... Hahaha, eu gosto de ser cruel de vez em quando. Brincadeira, gente. Tô me sentindo que nem essa mamãe noel bizarra que filmei no parque: 



O site do Winter Wonderland é: http://www.hydeparkwinterwonderland.com



domingo, 7 de julho de 2013

Sport Day com Beckham

Sexta-feira foi um dos nossos melhores dias em Londres. Primeiro, porque o sol estava de rachar, digno da minha Bahia. Acho que finalmente o verão chegou por aqui. Não sei até quando... Segundo, porque foi um dos dias em que vi Iuri mais feliz, mais entusiasmado, mais vibrante em terras estrangeiras. 

Foi o Sport Day, um dos últimos dias de aula de Iuri. A escola foi toda para o Parliament Hill Fields, em Hampstead Heath. Um parque enorme com uma área só para esportes. Ainda não conhecia o lugar. Para quem vem a Londres com filhos, vale a pena uma visita, de preferência com direito a piquenique.


Parliament Hill Fields

Cada equipe com uma cor de camisa
Iuri foi primeiro com o resto da turma. Depois eu segui com Alexandre. Chegamos bem na hora em que ele estava disputando uma corrida de 600 metros. Xan logo gritou: "olha Iuri ali!". E eu simplesmente demorei para reconhecê-lo. De repente caiu a ficha que aquele menino grande, já quase adolescente, era o meu Iuri. Fiquei ali, contemplando meu filho de longe e passou um filme na minha cabeça. O meu menino ainda de cabelo de cachinhos correndo com o rostinho vermelho e o bracinho duro, preso ao corpo, como que para conseguir mais segurança. Agora, ele está ali, já seguro, com passadas longas e o mesmo rostinho vermelho. Quando ouviu a voz do pai gritando seu nome, ganhou alma nova e fez um esforço final para tentar passar o adversário. Ficou em quarto lugar. Enquanto ele se recuperava do esforço, eu me recuperava de tanta emoção. Afeee!




Acima: meu Iuri super competindo no Sport Day.
Aqui: meu pequeno de cachinhos ...



O dia estava lindo. Tinha gente 
até de guarda-chuva para tentar amenizar o calor. Eu era uma, inclusive porque, com medo de ser um falso alarme do verão londrino, não quis arriscar e fui de calça. Quando estava bem na minha, com meu guarda-chuva Lulu Guiness, tentando me ambientar com os outros pais, quem eu vejo? Um tal de David, David Beckham, pai de um colega de Iuri. Geeeente, voltei à adolescência, à época dos Menudos (sim, sou dessa época!!) e só não dei um faniquito porque Iuri falou: "Mãe, segura a onda pelo amor de Deus!!". Ok Iuri, mas umas fotinhas dá para rolar, né? "Foto só de longe, viu mãe?", foi ele logo me avisando. Ah, o que a gente não faz pelos filhos... 

Lá fui eu no estilo "tô nem aí pra você, Beckham" tirar fotos do jogador. Por sinal, muito engraçado isso. No tempo todo em que fiquei ali, só vi uma criança pedindo para tirar foto com ele. Todo mundo agia super naturalmente, não sei se faziam o mesmo estilo "nem te ligo" que eu ou se realmente não ligavam. Muito interessante também presenciar o David Beckham família. Ele estava sozinho, todo de preto, cheio de tatuagem, primeiro com um gorro que depois trocou por um boné. Vibrou com o filho correndo (acho que o menino deve ter uns 14 anos), sentou na grama para assistir as provas, conversou com os amigos do filho, participou de algumas competições com outros pais e ficou até o final do evento. Tudo na maior simplicidade. Interessante ver aquele "super Beckham" da mídia curtindo  o momento família, bem gente como a gente. Engraçado foi que ele participou de uma prova de corrida com revezamento, a equipe dele estava numa das últimas colocações mas quando chegou a vez dele correr, o cara mostrou que é mesmo atleta e deu um corridão, quase alcançando o primeiro lugar. Os papparazi iriam adorar esse momento.


Eu no melhor estilo "nem te ligo, Beckham"...

... Depois dei uma viradinha "básica" e vários clicks!




Como "não basta ser pai, tem que participar", Alexandre também foi competir. Entrou numa corrida com obstáculos junto com Iuri. Ele estava de jeans e botas, vi logo que aquilo não ia dar muito certo. Mas lá foi ele numa felicidade só não maior que a do filho. E eu com a máquina pronta para fotografar. Deram a largada, Xan passou pelo primeiro obstáculo, pelo segundo e de repente... Ai meu Deus, foi ao chão. Eu não sabia se ia ajudar, se fotografava ou se dava risada. Mas ele rapidinho se levantou e continuou a prova. Enquanto isso, Iuri já estava lá na frente. Foi no meio da corrida do ovo na colher que Iuri conseguiu a liderança na prova. Depois foi só manter na corrida de saco. 
Pulando o primeiro obstáculo


E no segundo: a queda...

Levanta, sacode a poeira e dá a volta no bambolê!!

Papai chegando e Iuri vencendo


Parabéns filhão! Parabéns maridão! Vocês foram ótimos!!!







sexta-feira, 17 de maio de 2013

A Bracket for Lara's Nursery*

Antes do meu próximo post, preciso contar uma coisa a vocês: acabei de voltar da nursery de Lara e tenho uma novidade: ela não chorou hoje! Yes!!! I'm so happy! Eu levei ela na creche, nos despedimos com um beijinho e um tchau e ela ficou... sem chorar.


Péra aê: e se ela se envolver tanto com a creche, passar tanto tempo lá e acabar por perder a referência de casa, de família, ai... e de mãe???



Tô brincando... Essa insegurança até já passou pela minha cabeça com meu Iuri (mãe tem cada uma!!), mas agora, segundo filho, sou uma mãe bem mais segura e sei qual o meu espaço na vida da minha pequena.



Na nursery, a professora falou que ela ainda chora. Principalmente depois do almoço, quando as crianças vão dormir e Lara "espoleta" não tem esse hábito. Se bem que até isso ela está fazendo. Ontem, dormiu tanto na escolinha que só foi pra cama às 11h da noite. Isso porque eu forcei!!



E adivinha com o que ela sonhou? Bom, Lara nunca teve um sono tranqüilo e eu sempre sofri com isso. Até hoje, ela acorda 2 a 3 vezes por noite. Na verdade, nem acorda, mas sonha tão intensamente que fala, chora e até pontapé dá na gente. É até de se estranhar. Enfim, a experiência na nursery está sendo tão intensa que essa noite ela falou: "Miss Merita, eu quero fazer xixi!!!!". Miss Merita é a principal cuidadora de Lara na creche. E, é claro, que eu estou sempre repetindo esse nome pra ela. Mas você sabe que hoje eu conversei com Miss Merita e ela disse que foi verdade: "Yesterday, Lara pulled my hand and said she wanted to pee". E assim são as crianças: espontâneas, sinceras, verdadeiras. Como já fomos uma vez...



Enfim, quero agradecer toda a preocupação de vocês comigo e com a minha pequena, já que recebi uma série de mensagens de consolo, de compreensão e de força. Ai, é nessa hora que a gente sente o valor de ter amigos!



 Thank you!!!!!!!!


* Em inglês: Um parêntese para a creche de Lara


sexta-feira, 10 de maio de 2013

Lara na nursery (agüenta coração!)

Estou aqui com o coração apertado. Acabei de deixar Lara na nursery. É o quinto dia e ela continua chorando e chorando. Hoje, quando saí, ela implorou: "por favor, mamãe, eu quero ir pra casa, não me deixe aqui...". Ai, que dó!!!

Lara está com 2 anos e meio, já na hora de ir pra escolinha. Lembro que Iuri foi logo quando completou 2 anos. Lembro também que ele chorou, o que é normal, mas não com a mesma intensidade do que Lara. Eu não coloquei ela antes porque minha sogra estava aqui e podia  ficar em casa com ela. Mas agora, além de eu achar que ela precisa se socializar, se trata de uma necessidade pois não tem quem fique com ela o tempo todo. 

Aqui, o esquema com os pequenos é diferente do Brasil. As escolas, em geral, só pegam crianças a partir dos 5 ou 6 anos. Mas muitas vão logo cedo, com poucos meses de idade, para o que eles chamam de nursery, que nada mais é do que uma creche. As mães precisam trabalhar e não tem babá por aqui não!

Procurei várias creches para colocar Lara. A preferência é que fosse perto da nossa casa. Visitei algumas. Aqui, como eles têm limitação de espaço, as creches crescem na vertical, com dois, três andares e muitas escadas. 

Quase fechei com uma que nem era tão perto de casa, mas na hora do desespero... Só que "meu santo"  (baiana que sou!) não bateu com o daquelas mulheres. Achei elas sem muito tesão pelo trabalho. 

Encontrei outra, até mais perto de casa, que gostei muito. Uma das primeiras coisas que a diretora me falou quando visitei a creche foi sobre a saída de incêndio. Aqui, eles dão muita importância a isso. Também com o histórico que tem... 


A nursery é dividida em 3 partes. Uma para os babys de 5 meses a 2 anos, outra para os toddlers de 2 a 3 anos (é a de Lara), e a de 3 aos 5 anos. Contei hoje na sala de Lara 12 crianças para 4 "tias". 
Lara e os coleguinhas ouvindo a "pró"contar histórias

Lara tem aulas de balé, yoga e drama (teatro). Ela almoça na escola, a comida é orgânica. Como não há muito espaço físico, as crianças saem com as "tias" para brincarem numa quadra de futebol gramado que fica quase em frente à escolinha. As "tias"só falam inglês. Esse é o meu drama (e sem teatro!): como minha filha vai se comunicar? Dizer que está com fome, que está com frio, que quer fazer xixi? Todo mundo fala: "não se preocupe pois criança aprende outra língua muito rápido". Ok, mas tem mais uma questão: fico com medo dessa dificuldade de comunicação tornar Lara uma pessoa retraída, fechada, introspectiva. Pode ser viagem minha mas é que faz parte. Educar é fogo. A gente tem que pensar por vários ângulos, embora sempre tentando fazer o melhor pelos nossos filhos.
Lara tentando fazer amizade com uma alemazinha. Conversam sobre o quê mesmo??
Enfim, não tem jeito. A partir da próxima semana, a minha pequena vai ficar praticamente o dia todo na creche. Ela vai ter que passar por essa adaptação - e eu também. Não sei quem está sofrendo mais, ela ou eu. Pois ver minha filha com os bracinhos pra cima pedindo "por favor mamãe não me deixe aqui" é hard. Mas Lara também precisa tirar proveito dessa nossa estadia em Londres. Que momentos angustiantes! Espero que passem logo.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Iuri e a Primary School (parte II)



 Depois de quebrar a cara tentando uma state school para Iuri,  centrei minha busca nas independent schools (particulares e caras). Pesquisei na internet e escrevi um email (com meu inglês tosco e a ajuda do Google Tradutor, imagine o que não saiu!) para quase todas as escolas privadas de Londres. E quase todas responderam que não havia vaga. Quatro me deram boas notícias, dessas escolhi 2 para visitar. 

A primeira com um espaço físico enorme, um laboratório de ciências daqueles de filmes e até latim Iuri iria aprender. Na nossa visita, o Headmaster (diretor), com uma voz alta e grossa, perguntou de cara: -Você quer ser o quê quando crescer? Até eu fiquei nervosa... 

Achei a segunda mais simpática, mais aconchegante. Metrô quase na porta. Próxima ao Regent Park, num prédio secular, tombado como patrimônio. Todo dia tem aula de PE (Educação Física) nesse que é na minha opinião um dos parques mais belos de Londres. Iuri já está estudando lá há 3 semanas. 

A nova escola começa as 8:45h e termina as 15:45h. Ele tem aulas de Inglês, Matemática, Ciências, Espanhol, Computação, Drama (teatro), Música e Educação Física. São apenas 10 alunos por sala. Entre os colegas, 7 meninos e 3 meninas, um árabe, um italiano, um espanhol, uma russa, uma portuguesa, uma francesa e três ingleses. Coincidentemente, a portuguesa tem o mesmo sobrenome de Iuri. Um dia desses ele chegou em casa perguntando se podiam ser parentes.

O sistema de ensino britânico tem um ano a mais do que o brasileiro. Iuri aqui está na 5ª série (Year 5) da Primary School, que vai até os 11 anos. Em seguida, vem a Secondary School, dos 12 aos 16 anos. O ano escolar é dividido por Term, cada um com duração de mais ou menos 3 meses. Assim, tem o Autumn Term que é quando o ano letivo começa, no início de setembro, e que vai até meados de dezembro, com um intervalo de 2 semanas para o que eles chamam de Half Term (férias curtas). Em seguida, vem o Spring Term, de janeiro a março, com Half Term de uma semana. E depois o Summer Term, de abril a julho, também com Half Term de uma semana. As férias do meio do ano são longas, de quase 2 meses. As de fim de ano são de aproximadamente 20 dias. 

Coisa mais linda ver o meu filho sair de manhã, ainda com cara de sono, num uniforme super "inglês", de camisa, calça e sapato social (que precisa urgentemente ser engraxado!) e com uma mochila lotada de coisas (agenda, livros, roupa de Educação Física, tênis, garrafa de água, almoço, casaco, gorro, luva e guarda-chuva). Coisa mais deliciosa ver o meu filho chegar da escola cheio de novas histórias, com um monte de dever e sempre esquecendo de trazer alguma coisa (a última foi a chuteira). Ele quase não tem mais tempo para a Tv e nem para os jogos eletrônicos, em compensação traz um brilho no olhar característico de quem está feliz. 

Iuri at school
Estação pertinho da escola

Que nota para esses sapatos?







domingo, 18 de novembro de 2012

Iuri e a Primary School (parte I)


Uma das coisas mais difíceis para mim em Londres foi conseguir escola para meu filho. Iuri tem 9 anos e, no Brasil, está na 4ª série. Eu vim pra cá com a certeza de que ele estudaria numa escola pública. Ainda ponderei se seria a melhor opção, mas li numa matéria da Veja que qualquer escola pública daqui é melhor do que qualquer escola privada daí. Então tá, me convenci. Aqui, brasileiros me garantiram que seria fácil arranjar escola pública para Iuri pois "toda criança tem direito a escola" (hum, já ouvi isso...) e o Governo teria a obrigação de conseguir uma para o meu filho. 

Funciona assim: você elege 5 escolas públicas que gostaria que seu filho estudasse e aplica para essas. Eles usam muito esse termo aqui: apply para escola, universidade e para visto de entrada. Com base em alguns critérios, o Governo decide em qual escola seu filho vai estudar. O critério mais importante é a distância entre a casa e a escola. Quanto mais perto, melhor. Outro critério é se a criança já tem irmão/irmã na mesma escola. As instituições ligadas à Igreja exigem também uma espécie de "comprovante de religiosidade": um padre tem que atestar que você frequenta tal paróquia e dar boas referências sobre a sua família. É claro que a escola  precisa ter vaga para poder aceitar seu filho, as melhores geralmente não tem. 

Depois de entender tudo isso e bater o martelo em relação ao bairro em que iríamos morar, comecei a minha saga em busca de uma state school para Iuri. Na internet você encontra a avaliação oficial de todas as escolas. Visitei umas 10 na redondeza da Victoria Street. Algumas bem pertinho de casa, cerca de 5 minutos andando. Elegi minhas 5 favoritas, preenchi o formulário para "aplicar" e foi então que descobri um pequeno detalhe: Iuri não teria direito a escola pública aqui, pois o nosso visto é de apenas 6 meses. "Se quiser, coloque ele numa escola paga ou então contrate um tutor (professor particular)", foi o que ouvi das autoridades. Aqui é assim, as coisas funcionam bem, muito bem, mas de acordo com regras, rígidas regras. 

Aliás, uma pausa para um conselho aos menos experientes. Quebrei muito a cara tanto para tirar o visto, como para conseguir moradia e também escola aqui em Londres. E muito por conta de informações erradas. Até empresas tidas como renomadas me deram informações truncadas em relação a que visto eu e minha família deveríamos "aplicar", por exemplo. Depois de apanhar muito e ler bastante, sei hoje mais sobre o assunto que muitos advogados por aqui. Da minha experiência, te digo: se você tem alguma dúvida sobre esses tópicos, procure logo o órgão competente para se informar. Os sites oficiais geralmente são muito bons. E se continuar com dúvida, mande um email. Eles sempre respondem.

Chegamos aqui no dia 21 de agosto e um mês depois, Iuri continuava sem escola. Chegar em casa e encontrar ele mais um dia assistindo Tv me angustiava tanto que  pensei em voltar para o Brasil. Comecei então uma nova saga que eu conto no próximo post. Esse já está muito grande.
Até mais!

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Baby Fashion

Que Suri Cruise o quê !!!! Fashionistas do mundo inteiro garantem que o trofeu baby fashion 2012 vai para Lara Bertié !! "Lara mistura tendências como ninguém e está revolucionando a moda baby no eixo Londres-NY", derrete-se Stella McCartney.


Baby Fashion
O texto acima foi escrito por Renata Vidal, dinda coruja, e é claro que é uma brincadeira. Mas que Lara está uma delícia nesses modelitos do inverno londrino, isso está. Também, é cada roupa tão linda,  vestidinho, sobretudo, meia calça, chapeuzinho, luvinha, botinha... Ai, dá vontade de comprar uma coisa diferente a cada dia. Por sinal, hoje comprei uma bota pra ela na Gap. A loja não é muito barata não. Custou cerca de 60 reais. Nada que se compare às brasileiras e carésimas Lilica Ripilica e Tyrol, por exemplo. 


Aqui não existe babá como estamos acostumados no Brasil, só babysitter que é um serviço caro. As escolas só aceitam crianças a partir dos três anos. Estou pensando em colocar Lara numa creche mas primeiro quero que ela se familiarize com algumas palavras em inglês. Se bem que outro dia, ao sair do táxi, ela falou para o motorista bye bye. Eu não acreditei. Tá pensando que criança é besta? E quando ela disse que queria ir para o pub? Não sei de onde tirou essa!


Vintage: com roupa que foi da mamãe
Fralda aqui não é tão caro como no Brasil. Um pacote com 20 sai por mais ou menos 15 reais. Não existe leite para "fases da criança", como por exemplo o Ninho daí. Aliás, ainda não encontrei leite em pó em Londres. Difícil mesmo é ver algum bebê de chupeta. Não lembro de ter visto nenhum. Tenho a impressão de que criar filho na Inglaterra é mais simples do que no Brasil, apesar de ser mais trabalhoso já que a gente tem que se virar sozinho. Eu tenho a sorte de ter tido o apoio dos meus pais e agora contar com a minha sogra, enquanto meu Xan não chega. 

Na falta de ter com quem deixar, os bebês acompanham os pais em quase todos os lugares. Eles só não são muito bem vindos nos locais mais chiques, como lojas e restaurantes. O carrinho aqui acaba sendo equipamento indispensável. Muitos deles vêm com uma espécie de cobertor que ajuda bastante quando o frio aperta, embora Lara odeie e não use de jeito nenhum o do carrinho dela (por sinal, ai se Stella McCartney visse esse carrinho!). Experiência ruim foi pegar o metrô com o carrinho. Aqui as estações têm muitas escadas então é um transtorno grande. Só fiz isso uma vez. Nesse caso, prefiro o ônibus.
No carrinho dos Beatles


By: "As Três Irmãs"
Parisiense