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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Fumando em Londres // Smokers

Estou super hiper mega mal-humorada. Acho que é porque estou parando de fumar. Devia era estar feliz. Sabe quanto custa uma carteira de cigarro em Londres? Quase 9 libras... mais de 30 reais. Fumo, ou melhor, fumava (?), uma carteira a cada 3 dias. Então estou economizando cerca de 300 reais por mês. Pera aê, é isso mesmo? Agora é que caiu a ficha! Gente, isso numa Primark da vida faria super sucesso!!

Não sei se Londres vende o cigarro mais caro do mundo mas, com certeza, está entre os tops. Por isso, muitos fumantes  partem para o cigarro que eu chamo de "artesanal". Compram o tabaco, a seda, o filtro e preparam tudo manualmente. Eu já me arrisquei mas sou meio desajeitada pra isso. Meu cigarette artesanal ficou simplesmente bizonho. Mas que sai mais barato, ô se sai. 

Apesar da restrição ao cigarro cada vez maior no mundo inteiro, em Londres as pessoas ainda fumam muuuito. Desde 2007, com a Smokefree Legislation, é proibido fumar em lugares fechados. Aliás, a Inglaterra foi o último país do Reino Unido a aderir a essa  lei anti-fumo. E como alternativa, surgiram os e-cigarettes, os cigarros eletrônicos  que não têm tabaco nem combustão e, portanto, não soltam fumaça. Possuem certo nível de nicotina e emitem vapor que faz o papel da fumaça. 

Já é grande o número de e-smokers em Londres. Muitos defendem que esse cigarro fake serve como incentivo para quem quer parar de fumar já que dá para manter o hábito do fumo sem o teor tóxico do cigarro convencional. Mas a verdade é que os efeitos do cigarro eletrônico a saúde ainda não são totalmente conhecidos pela Ciência. 

Meu colega tailandês comprou um e disse que não gostou porque, segundo ele, a pessoa acaba fumando mais pois como "nunca" termina, já que é recarregável by bateria, se perde um pouco a noção da duração de um cigarro. Sem falar que não tem a onda de soltar a fumaça, um ritual para os fumantes, né? Vaporzinho apenas!!

Pois a polêmica agora em Londres é sobre o uso dos e-cigarettes em ambientes fechados. Eles não estão sob a legislação de 2007, ou seja, não são proibidos por lei. Os e-smokers aproveitam para soltar o vapor até dentro do metrô. Mas agora os donos de restaurantes, dos restaurantes mais tops pelo menos, querem proibir o e-cigarette indoor

Bom, mas voltando para o meu mau humor, talvez a causa seja também porque voltei para o Brasil e a saudade de London já se faz sentir. Muita gente defende uma tal de depressão pós-London. Hummm, não sei se chega a tanto. Mas, na boa, é que tudo na terra da Rainha é tão certinho, tudo funciona tão bem, tudo é tão eficiente, que você chega aqui e toma aquele choque de realidade. Realmente, assusta...

 Mas não é exatamente, ou principalmente, questão de estética, ou de transporte ou de organização. O que mais mexeu comigo nessa volta ao Brasil foi o fator violência. Isso realmente é chocante. Quando você mora num lugar como Londres onde pode voltar de ônibus as 2h da manhã e continuar seu percurso pra casa andando sem ter que olhar pros lados ou mesmo dar aquele pique até chegar na segurança da sua casa, todo o resto ganha um tom dramático. Pois você simplesmente experimenta a tal liberdade. Aí amigo, já foi. Isso sim, pra mim, é depressão pós-London. Difícil pra cacete. Porque mexe com algo que é simplesmente o básico. 

Engraçado foi o primeiro dia que eu e Xan voltamos de uma balada de metrô as 11h da noite. Eu: "Xan, vamos rápido, tô com medo!". E Xan: "Relaxa, anda nessa rua escura, sozinha e ouve o som dos meus passos". Gente, é um sentimento de freedom que não estamos acostumados não. Sério!


Voltando de buzão pós-balada!

Bom mas, enfim, mesmo aqui na minha terra, sem muita freedom,   quero e vou continuar escrevendo pra vocês e digo que bem mais frequentemente, juro.  Porque Londres está logo ali... E enquanto eu tiver o que escrever,  enquanto eu tiver dicas para passar pra você, tá valendo... Né, não!???
Amoooooooo!!!