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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Paul McCartney na Oxford Street

Essa é para os fãs de Paul McCartney. Amanhã, as 3 horas da tarde, Macca vai estar autografando o novo álbum NEW na HMV da Oxford Street (na loja que foi reinaugurada mês passado, a mais perto de Marble Arch). Sessenta pessoas que se inscreveram no twitter de Paul vão ser as privilegiadas. Além de garantir o autógrafo, vão ser as primeiras da fila. E olha que essa fila promete, hein? 

Adooooro Paul McCartney mas não pretendo entrar nessa fila não. Acho que estou ficando velha pra essas coisas. Mas claro que nada me impede de ir dar uma olhada e tirar umas fotinhas! Quem sabe não me esbarro com ele em plena Oxford Street... Lembro da emoção (e como poderia eu esquecer!) quando encontrei Macca e a então namorada Nancy Shevell em Copacabana, Rio, há dois anos. A foto - diga-se de passagem, péssima (estava nervosa, ora) - é uma relíquia.

Quando encontrei Paul no Rio de Janeiro
Lançado essa semana, NEW é o primeiro disco de inéditas em 6 anos e o 16º em estúdio. De acordo com as críticas, "em NEW encontramos tudo o que se espera do Paul: rocks, baladas, jogos vocais, belas melodias e arranjos que remetem aos Beatles e aos discos com o grupo Wings". 

Eu particularmente achei a música de frente New muito bacana. Com uma melodia simples, que dá vontade de ficar cantando e cantando. Lembrou-me English Tea, a mesma doçura. http://youtu.be/BkbbP0ozyMs

Outra coisa que achei interessante é que nesse disco, Paul conta com um time de jovens produtores, dentre eles Giles Martin - filho do "quinto" Beatle, George Martin, Mark Ronson (de Amy Winehouse) e Paul Epworth (da cantora Adele).

Li em algum lugar que "o álbum celebra o reencontro do cantor com o lado bom da viga conjugal e a vontade de mostrar isso para o mundo". Oh, que bom que o nosso Macca está feliz da vida aos 71 anos ao lado da mulher Nancy Shevell. Tomara que ele continue assim inspirado e nos brinde com novos trabalhos nos próximos anos. E com novos shows também. Estou aqui em Londres há um ano esperando um show dele e até agora nada...

Um crítico dispara: "no saldo, New é um disco que agradará aos fãs de Paul, mas sem tirá-los da zona de conforto" - mas quem disse que queremos daí sair? Tá tão bom assim... E vamos de NEW!!

Eu no meu momento NEW: new hair style!!!
We can do what we want
We can live as we choose

You see there's no guarantee

We've got nothing to lose

Don't look at me

It's way too soon to see

What's gonna be, don't look at me

All my life

I never knew what I could be
What I could do
Then we were new
oo-oo-oo-oo


We can do what we want

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

O que não fazer em Londres (4)

Da série foras e furadas em Londres*.  Seguinte: é fato que inglês não é muito tolerante com criança. Aqui, a criançada tem que andar na linha. Não sei bem qual a mágica que os pais fazem mas realmente os pequenos costumam se comportar muito bem nos lugares públicos. Os restaurantes ajudam, empurram logo desenho e um monte de lápis de cor. O comportamento esperado é um só: o bom comportamento. Tolerância quase zero para quem foge a regra. 

Outro dia estava num pub com meus "dois anjinhos". Lara resolveu extrapolar nas brincadeiras e acabou debaixo da mesa. Eu: - Levante daí porque o homem vai brigar com você, viu? Ela continuou. O que aconteceu? O garçom veio direto para nossa mesa e brigou... não com ela, mas com a mãe dela!

Iuri pendurado no poste e ainda falando ao celular!
Tem uma de Iuri também. Nós estávamos em frente ao Palácio de Buckingham aguardando para ver a troca da Guarda. Dezenas de pessoas na nossa frente. Iuri, o esperto, subiu logo em cima de um poste para garantir a visão privilegiada. Não demorou dez minutos e veio um guarda de lá, montado num cavalo, diretamente para falar com ele: - Desça daí! Isso não é árvore para você ficar pendurado, não! 

Dias depois, no St. James Park, mal Iuri subiu numa árvore, chegou uma policial: - Você precisa descer daí, isso não é poste para que você possa subir, não! Kkkkkk, que tal entrarmos num entendimento, folks?


Meninos, isso não é um poste!
Iuri na árvore do St. James Park










       

Recentemente, passamos por uma aqui mesmo no nosso prédio. Alexandre escreveu um post sobre o episódio:

DOIS "ANJINHOS"
















Tão vendo essas carinhas de anjo? Não se enganem não! Pensem em dois meninos bagunceiros. Não sei a quem puxaram! rsrs. Deve ter sido a mãe.

Hoje, o vizinho de baixo veio reclamar do barulho e me matou de vergonha. Porque aqui na Inglaterra é assim. Você pisa no pé do sujeito e ele pede desculpa antes de você. É um tal de sorry pra lá, sorry pra cá. E não é dizer que só os ingleses são educados, pois o que mais encontro por aqui é gente de toda parte do mundo. Ou seja, vou andando pelo metrô e é sorry pra todo lado. Em todos accents.

Mas voltando ao vizinho debaixo. Chegou aqui pedindo desculpa pela intromissão e reclamou da barulheira das crianças. Eu constrangido, de pijama, joguei o clássico: "sabe como são as crianças, né?" O sujeito, para me deixar ainda mais sem graça, me deu duas caixas de chocolate pra entregar pros meninos. PQP. Que mico!


Fica, portanto, a dica: se você vier com crianças para Londres, com certeza vai ter vários programa para fazer com elas. Agora, se elas forem acompanhar você em programas de adultos, be careful! Ou, adaptando a expressão mais tradicionalmente inglesa: keep your children calm and carry on!!!!



sábado, 12 de outubro de 2013

O bairro de Victoria


Quando saí do Brasil para vir morar em Londres jamais imaginaria que iria deixar o bairro da Vitória, onde moro em Salvador, para alugar um apartamento justamente em Victoria, zona central de Londres. Coisas do destino...

Larinha "fashionista" passeando por Victoria

Lara batizou esse monumento de "Pato Fú" (não me pergunte porquê) - ao lado da estação de St. James Park

New Scotland Yard - da lado da estação de St James Park

Pois bem, moramos no terceiro andar de um prédio de estilo bem inglês. Westminster Palace Gardens, na rua Artillery Row, uma transversal da Victoria Street. E o bairro de Victoria é simplesmente delicioso (assim como o meu de Salvador, diga-se de passagem). E não só sou eu quem falo não. O bairro foi matéria da Vogue London, tá?
Revista Vogue London

Com o título Victoria's Secrets, o texto da Vogue fala sobre arecente transformação do bairro de Victoria: "de um simples lugar de passagem, vem se tornando um dos destinos mais desejáveis de Londres". 


Por causa da Victoria Station, estação de metrô e de trem, a região sempre teve grande circulação de gente. Os turistas sempre tiveram presentes por aqui a procura do Big Ben, do Parlamento, da Abadia de Westminster.

De uns tempos pra cá, com a construção de prédios comerciais modernos e bem bacanas (tem um enooorme sendo construído), o bairro passou de apenas local de passagem para ser o destino de muitos trabalhadores londrinos. E como a tendência é morar perto do lugar de trabalho, a região se adequou, oferecendo boas - e caras - moradias. 
Vogue London

De acordo com a Vogue: "Victoria está sendo transformada de via central em um destino incomparável para se trabalhar, viver e se divertir". Quanto a "se trabalhar", eu não sei. Mas para viver e se divertir, é mesmo tudo de bom!

Victoria não foi a nossa primeira opção em Londres. Aliás, viemos parar aqui meio que por falta de opção. Mas, lhe digo: adoooooro!

Só para ter uma ideia, meu prédio fica a apenas 3 minutos da estação de metrô St. Jame's Park e a 7 minutos da estação Victoria. Pelo menos dois mercados ao lado. Uma loja de departamento enorme, a House of Fraser, bem em frente ao prédio. Lavanderia e salão é o que não falta. A direita do prédio, o lindo e histórico pub The Albert, a esquerda, um outro pub que ainda não fui mas que vive lotado. Para chegar a escola de Lara, levo cerca de 10 minutos.

E o que é o melhor de tudo: o prédio fica a apenas 9 minutos da Abadia de Westminster e a uns 12 do Big Ben. Ou, se seguir pelo outro lado, pode-se chegar ao Palácio de Buckingham em dez minutos. Tudo a pé.

A matéria da Vogue London segue dando uma série de dicas de restaurantes, cafés e lojas considerados pela revista "the jewels in Victoria's crown". Desses, destaco aqui alguns e complemento com os que mais gosto:

CAFE:
Royal Quarter Café - com decoração clean e de bom gosto, esse café é uma ótima opção para um relax antes ou depois de um passeio turístico pelos arredores. Recentemente inaugurado em Victoria, com lojas já famosas em Chelsea e Battersea, o Royal Quarter Café é um lugar super agradável onde você pode ir para tomar o café da manhã, um chá das cinco ou mesmo para jantar. Aliás, essa é uma grande vantagem do local: um amplo horário de funcionamento (seg. a sáb.: 07:30 - 22:00 / dom. 08:00 - 22:00).  (a torta de chocolate amargo com brownie é maravilhosa!!!) http://royalquartercafe.com

Na Victoria Street, você encontra todos os cafés tradicionais: Starbucks, Café Nero, Costa ou Pret a Manger.  

LUNCH:
A Strutton Ground é uma rua paralela ao meu prédio que eu adoro. Se você for durante a semana no horário do almoço, vai encontrar um monte de barracas de comidas variadas e um monte de gente também. Entre na fila e peça um sanduíche de frango assado com tempero  "da casa" ou um combinado de falafel com hummus.

É nessa rua que fica a Blanche Eatery, uma boa opção para um almoço simples com saladas deliciosas e sem conservantes. Sempre lotada, a Blanche serviu de inspiração para o novo conceito de restaurante que o Jamie Oliver pretende lançar em Kings Gate (aqui mesmo em Victoria) no próximo ano. http://www.blancheeatery.com


Pubs - se quiser almoçar num pub, sugiro o The Old Star, em frente a estação de St. James Park. O fish and chip de lá é uma delícia, bem sequinho e crocante. Para mim, um dos melhores que já provei por aqui. 
Família reunida no The Old Star
Xan e Iuri em frente ao The Albert

O The Albert (meu vizinho) também é bom mas lá vale mais pelo ambiente do que propriamente pela comida. Com exceção do Sunday Roast, o assado de domingo, que costuma ser bem servido nesse belo pub.

EVENTS:
Billy Elliot - a história do menino que quer se tornar um bailarino e enfrenta todas as dificuldades de uma sociedade machista ganha no Teatro Victoria Palace ainda mais vida do que no cinema com as músicas de Elton John. O teatro é uma atração a parte, construído do jeito que é hoje em 1910, a sua origem data do início do século XIX. 
http://billyelliotthemusical.com 

Wicked, A História Não Contada das Bruxas de Oz - Vá com ou sem suas crianças, vale a pena para qualquer idade. A peça já quebrou recordes de bilheteria no Teatro Apollo VictoriaVocê vai entender como duas senhoras: uma "inteligente, animada e de pele verde", e a outra "bonita, popular e superficial", se tornam as conhecidas bruxas do Mágico de Oz:  a Bruxa Malvada do Oeste e Glinda, a Bruxa Boahttp://www.wickedthemusical.co.uk 

Veja também:
Westminster Cathedral - tirei essa foto em janeiro, numa tarde de neve
Westminster Cathedral - não confunda! Não tem nada a ver com a  Abadia de Westminster. Já socorri vários turistas perguntando onde era a Catedral de Westminster. Catedral e Abadia de Westminster são completamente diferentes. A Catedral Metropolitana do Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor ou Catedral de Westminster é um templo da Igreja Católica. É a maior Igreja Católica Romana na Inglaterra e no País de Gales. Foi construída em 1850.

Pacha (club) - a famosa boite de Ibiza é recriada em Londres num prédio histórico de 1920, localizado atrás da estação Victoria, com teto todo de vidro e paredes com painéis de carvalho original. Pegue a roupa mais estranha, mais diferente, mais louca no seu armário e se prepare para a nighthttp://www.pachalondon.com


terça-feira, 20 de agosto de 2013

THE NARROW

Sempre quis conhecer em Londres um restaurante do mega chef Gordon Ramsey, aquele nada simpático dos reality shows Kitchen NigtmaresHell's Kitchen (ambos passavam no Brasil no canal da GNT). Mas é preciso reservar mesa com meses de antecedência e eu, na minha falta de planejamento, acabo sempre adiando. Aproveitei que minha amiga Monica veio passar uns dias com a família por aqui e, no auge da sua empolgação por novidades londrinas, ela conseguiu reserva para o The Narrow.

O The Narrow é um dos 11 restaurantes que o Gordon Ramsey mantém só aqui em Londres. Ele possui mais 10 nos Estados Unidos, 2 na França, 2 na Itália, 2 no Catar e 1 na Irlanda. O restaurante está na categoria gastro-pub, portanto, é comida bem inglesa mesmo.

O domingo estava maravilhoso. Sol, calor, sol, short, sol, camiseta, sol, havaianas!!!!!!!! Sim, o verão de Londres precisa ser aproveitado com todo vigor porque passa rápido. E um dia de sol pode ser apenas um dia de sol seguido por outro de chuva. O tempo aqui é realmente imprevisível, só a BBC mesmo para tentar - e quase sempre acertar - o impossível. Aliás, para saber a previsão do tempo, nada melhor que consultar o site da BBC Weather (bbc.co.uk/weather/).

Fomos primeiro ao Hyde Park, o parque mais famoso de Londres. Geeente, o que era aquilo? Lotado! Pessoas jogando vôlei, futebol, tomando sol, fazendo piquenique, crianças correndo, cachorros latindo..., me senti exatamente naquelas reportagens que mostram o verão londrino. Eu lá deitada na grama com minha toalha de piquenique, claro!, curtindo o sol e só pensando no que ia fazer  depois para me refrescar - cadê meu mar???? Pois é, o jeito foi me contentar com uma água no rosto.

É Verão!!!!!
Lara se acabando no sorvete

Domingo no parque!
Depois ainda rolou uma parada básica para dar comida aos patos e esquilos. Mas acho que os patos já estavam de barriga cheia pois nem deram bola para o nosso saco de pão. Já os pombos..., esses chegam aos montes e sempre famintos.

O "rei dos pombos", rssss
O The Narrow fica em Limehouse, próximo a Canary Wharf. Para chegar lá, você pega o trem para Limehouse e de lá anda cerca de 8 minutos até o pub.  Decidimos ir pelo meio mais caro mas também mais rápido e confortável: o táxi. Gastamos cerca de 20 libras.

Vista do Thames
Geeente, o The Narrow é um pub que não tem cara nenhuma dos pubs londrinos tradicionais. Está mais para um   bar e é muito agradável. A começar pela vista, ele fica de frente para o River Thames. O atendimento é legal, a decoração bacana e o preço é razoável, ainda mais se se levar em conta que trata-se do tão aclamado Gordon Ramsay. E o que é importante para quem bebe: tem cerveja bem gelada! Porque aqui os ingleses costumam beber cerveja em temperatura ambiente mesmo. Arght!!!




No domingo, o clássico dos ingleses é o Sunday Roast, um prato de carne assada que pode ser galinha, boi ou porco, acompanhada de pudim Yorkshire, verdura e um molho  que é o que dá todo o sabor. Fui de Sunday Roast e, sinceramente, é bom mas não delicioso. Minha mãe pediu um Fish and Chip, que veio num prato com um papel imitando um jornal. Bem legal. É que antigamente o fish and chip era vendido enrolado num pedaço de jornal mas como se percebeu que a coisa não era lá muito higiênica, acabaram abolindo isso. O prato do The Narrow brinca então com essa tradição.

Fish and Chip na folha de jornal
Os 3 cozinheiros: João, Iuri e Nina














A melhor parte foram as sobremesas. Mentira!! Em primeiro lugar, claro, as companhias, né amiga Monica? Depois sim, os doces...   Monica pediu uma banana sticky toffee pudding with jersey clotted cream, ou seja, uma torta de banana quente com sorvete de creme que estava simplesmente divina. Eu pedi uma mistura de sorvete com chantilly, geléia e creme que também estava uma delícia.
Parte da thurma (e Lara quase caindo do banco!)

Casal querido

Duplinha!

Eu louca por doces!!!
Programa de domingo aprovado!
Site do The Narrowwww.gordonramsay.com/thenarrow/



quarta-feira, 7 de agosto de 2013

DIRTY DANCING - O MUSICAL

Lembro como se fosse hoje da primeira vez que assisti ao filme Dirty Dancing. Filei aula no colégio São Paulo e fui de "buzão" com minha irmã Alessandra e minha best friend Joana ao Brotas Center, um shopping pequeno e não tão central em Salvador, Bahia. Saímos, as três, encantadas. O romance, a sedução, as danças, as músicas e, principalmente ele, Patrick Swayze, lindíssimo, mostrando ao mundo que homens também podem dançar - e muito bem. 

Ficamos tão apaixonadas pelo filme que o programa se repetiu por mais cinco vezes. Foram seis sessões de Dirty Dancing em pouco mais de duas semanas. 

É por isso que quando vi um cartaz sobre a (re)estreia do musical Dirty Dancing em Londres, logo o coloquei na minha lista de prioridades. Calhou da minha irmã estar aqui bem nessa época. Ou seja, não teve pub, gig, concert nem club. Nosso primeiro programa noturno foi assistir Dirty Dancing - The Classic Story On Stage. De quebra, levamos Du, meu cunhado, e Iuri, meu filho. 


Eu e Iuri na porta do Teatro
Eu e minha Alé 

Compramos os ingressos uns quarenta minutos antes do musical começar num ponto de vendas em Picadilly . Aliás, essa é uma boa dica. Se você comprar pela internet no site do próprio teatro, o ticket já sai um pouco mais barato. Mas se você puder comprar com antecedência em sites terceirizados como o timeout.com e o tkts, talvez os lugares não sejam tão de primeira, mas os descontos são bons. Mas o melhor mesmo, se você puder arriscar, é esperar até bem perto de começar o espetáculo. Na própria bilheteria do teatro, eles vendem as sobras (e só se sobrar) por um preço super hiper em conta. Agora, saiba que provavelmente não vai ter o melhor lugar!

Antes do espetáculo começar, uma passada báaasica de olhos pela vizinhança. Gente, nada de se arrumar para ir ao teatro em Londres, viu? A maioria, turista. Ou seja, calça jeans e até bermuda para os homens (shorts curtíssimos estão na moda por aqui para as mulheres). Portanto, out será você se vier toda emperequetada!!

Estava super na dúvida se Iuri, meu filho, iria gostar do musical. Ele dizia sempre, mesmo sem nunca assistir a nenhum, que achava musical um porre. Mas vamos nessa...

Começou! Ah, só não vou dizer que me senti no cinema do "Brotas Center" para não menosprezar o Piccadilly Theatre, que apesar de pequeno é muito lindinho e com ótimas estrutura e acústica. Mas é impressionante como o musical é igual ao filme. 

Verão de 1963, Frances "Baby" chega com os pais e uma irmã num resort super chique e fica meio entendiada com tudo aquilo ali. Parte então para emoções mais fortes ingressando no "mundo" dos funcionários e de suas "dirty dancings". Ali é que ela conhece Johnny Castle, um instrutor de dança do resort e espécie de líder entre os funcionários. Aí vai rolando a história que quem tem entre 35 e 45 anos conhece bem, né?

O melhor do musical, para quem viu/viveu o filme, é o revival daquele "time of my life". Aquele sentimento nostálgico de que os anos passam, a gente envelhece. Mas o que fica de tudo isso são as belas lembranças, as emoções e recordações que fazem a vida valer a pena.

E quem disse que Iuri não iria gostar do musical? Ele amou! Estava vendo só a hora dele pular da cadeira e dançar na frente de todo mundo (vixe, brincadeira, senão ele me mata!!!).

Delicioso foi viver esse momento com minha irmã que sentiu comigo a emoção do filme e da inesquecível gincana (sim, me orgulho de ser desse tempo!) do colégio São Paulo, isso ainda nos anos 90. Cúmplices no olhar, nas risadas e até no choro lembrando do ator Patrick Swayze. 

Ai, Dirty dancing! faltou só minha Jô!!!!!!

Mais informações: http://www.dirtydancinglondon.com
The time of my life









domingo, 7 de julho de 2013

Sport Day com Beckham

Sexta-feira foi um dos nossos melhores dias em Londres. Primeiro, porque o sol estava de rachar, digno da minha Bahia. Acho que finalmente o verão chegou por aqui. Não sei até quando... Segundo, porque foi um dos dias em que vi Iuri mais feliz, mais entusiasmado, mais vibrante em terras estrangeiras. 

Foi o Sport Day, um dos últimos dias de aula de Iuri. A escola foi toda para o Parliament Hill Fields, em Hampstead Heath. Um parque enorme com uma área só para esportes. Ainda não conhecia o lugar. Para quem vem a Londres com filhos, vale a pena uma visita, de preferência com direito a piquenique.


Parliament Hill Fields

Cada equipe com uma cor de camisa
Iuri foi primeiro com o resto da turma. Depois eu segui com Alexandre. Chegamos bem na hora em que ele estava disputando uma corrida de 600 metros. Xan logo gritou: "olha Iuri ali!". E eu simplesmente demorei para reconhecê-lo. De repente caiu a ficha que aquele menino grande, já quase adolescente, era o meu Iuri. Fiquei ali, contemplando meu filho de longe e passou um filme na minha cabeça. O meu menino ainda de cabelo de cachinhos correndo com o rostinho vermelho e o bracinho duro, preso ao corpo, como que para conseguir mais segurança. Agora, ele está ali, já seguro, com passadas longas e o mesmo rostinho vermelho. Quando ouviu a voz do pai gritando seu nome, ganhou alma nova e fez um esforço final para tentar passar o adversário. Ficou em quarto lugar. Enquanto ele se recuperava do esforço, eu me recuperava de tanta emoção. Afeee!




Acima: meu Iuri super competindo no Sport Day.
Aqui: meu pequeno de cachinhos ...



O dia estava lindo. Tinha gente 
até de guarda-chuva para tentar amenizar o calor. Eu era uma, inclusive porque, com medo de ser um falso alarme do verão londrino, não quis arriscar e fui de calça. Quando estava bem na minha, com meu guarda-chuva Lulu Guiness, tentando me ambientar com os outros pais, quem eu vejo? Um tal de David, David Beckham, pai de um colega de Iuri. Geeeente, voltei à adolescência, à época dos Menudos (sim, sou dessa época!!) e só não dei um faniquito porque Iuri falou: "Mãe, segura a onda pelo amor de Deus!!". Ok Iuri, mas umas fotinhas dá para rolar, né? "Foto só de longe, viu mãe?", foi ele logo me avisando. Ah, o que a gente não faz pelos filhos... 

Lá fui eu no estilo "tô nem aí pra você, Beckham" tirar fotos do jogador. Por sinal, muito engraçado isso. No tempo todo em que fiquei ali, só vi uma criança pedindo para tirar foto com ele. Todo mundo agia super naturalmente, não sei se faziam o mesmo estilo "nem te ligo" que eu ou se realmente não ligavam. Muito interessante também presenciar o David Beckham família. Ele estava sozinho, todo de preto, cheio de tatuagem, primeiro com um gorro que depois trocou por um boné. Vibrou com o filho correndo (acho que o menino deve ter uns 14 anos), sentou na grama para assistir as provas, conversou com os amigos do filho, participou de algumas competições com outros pais e ficou até o final do evento. Tudo na maior simplicidade. Interessante ver aquele "super Beckham" da mídia curtindo  o momento família, bem gente como a gente. Engraçado foi que ele participou de uma prova de corrida com revezamento, a equipe dele estava numa das últimas colocações mas quando chegou a vez dele correr, o cara mostrou que é mesmo atleta e deu um corridão, quase alcançando o primeiro lugar. Os papparazi iriam adorar esse momento.


Eu no melhor estilo "nem te ligo, Beckham"...

... Depois dei uma viradinha "básica" e vários clicks!




Como "não basta ser pai, tem que participar", Alexandre também foi competir. Entrou numa corrida com obstáculos junto com Iuri. Ele estava de jeans e botas, vi logo que aquilo não ia dar muito certo. Mas lá foi ele numa felicidade só não maior que a do filho. E eu com a máquina pronta para fotografar. Deram a largada, Xan passou pelo primeiro obstáculo, pelo segundo e de repente... Ai meu Deus, foi ao chão. Eu não sabia se ia ajudar, se fotografava ou se dava risada. Mas ele rapidinho se levantou e continuou a prova. Enquanto isso, Iuri já estava lá na frente. Foi no meio da corrida do ovo na colher que Iuri conseguiu a liderança na prova. Depois foi só manter na corrida de saco. 
Pulando o primeiro obstáculo


E no segundo: a queda...

Levanta, sacode a poeira e dá a volta no bambolê!!

Papai chegando e Iuri vencendo


Parabéns filhão! Parabéns maridão! Vocês foram ótimos!!!