Sweet Home

Oiêêê! Pra começar, quero dizer logo que não escrevi por esses dias porque estou  há uma semana sem internet. E ficar sem internet hoje é praticamente o mesmo que ficar sem luz. Uma aflição danada! Mas vamos lá: estou cheia de novidades. Saímos do hotel e finalmente nos mudamos para o apartamento que alugamos. Uma graça, em estilo inglês  e com móveis modernos. Super bem situado, em Westminster, a 7 minutos da Victoria Station (eu cronometrei!). Tudo novinho pois é a primeira locação depois de ter passado por uma reforma. 

Para quem pensa em alugar imóvel em Londres, vai a dica: a Foxtons é uma das maiores imobiliárias daqui. O site da empresa (www.foxtons.co.uk) é bem legal, mostra o que tem por perto, escolas, transportes. Eu aluguei meu apartamento pela My London Home. Achei boa mas um pouco lenta para providenciar as coisas do contrato. A empresa faz um levantamento de toda a sua vida no Brasil e só libera o ap. se estiver tudo ok. Tem também o site do Gumtree (www.gumtree.com), um dos mais famosos, mas é bom ter cuidado pois um casal de amigos da Itália alugou um flat pelo Gumtree e quando chegou aqui, descobriu que não tinha flat nenhum. Resultado: os dois perderam 600 libras. Vale ressaltar que o Gumtree é um site de anúncios apenas. 

Apartamento alugado, mudança feita, novos desafios: lidar com os eletrodomésticos do ap. Máquina de lavar pratos, microondas, fogão, forno, geladeira, calefação, máquina de lavar roupa e outra de secar. Haja manual! E quem gosta de ler manual, ainda mais em inglês? Ou seja, estamos apanhando dos aparelhos. A do fogão elétrico foi a pior, não acendia de jeito nenhum. Lemos o manual, perguntamos a um vizinho aqui e nada. Chegamos a conclusão de que estava quebrado. Que quebrado nada, descobrimos depois que ele só acende com determinados tipos de panela. É um fogão "inteligente" (na hora de comprar a panela tem que ter atenção e levar um ímã pois para esse tipo de fogão só funcionam panelas que são atraídas por ímãs - estranho mas é isso mesmo). Consegui pôr a máquina de lavar pratos para funcionar ontem. Agora só faltam o forno e a calefação! Fico devendo fotos do ap. para vocês, ok? 

Covent Garden

Dos passeios turísticos que fiz em Londres, o que mais gostei até agora foi o Covent Garden. É um galpão bem grande onde antes funcionava o mercado municipal. Tem lojas bacanas, restaurantes, cafés, eventos, festivais. Ali acontece de tudo e o clima agradável e descontraído se estende 
pelos arredores. São várias ruas com muita coisa pra ver.

Os turistas ficam intrigados com essa Estátua Viva. Ele está sentado aonde?

 É em Covent Garden que fica a maior Apple Store do mundo, embora a mais bonita, na minha opinião, seja a de Nova York. A loja segue o padrão em vidro, bem clean e super sedutora. Meu pai quase saiu de lá com um IPad na mão e várias libras a menos na carteira. Mas eu cai de amores foi por uma outra loja. Descobri que ali existe uma Ladurée, aquela famosa que vende o melhor macarron da França e, pelo jeito, agora de Londres também. Só para vocês terem ideia da minha paixão pela Ladurée, na minha última viagem a Paris, briguei com Alexandre, enfrentei metrô na hora do rush, peguei ônibus errado só para degustar essa delícia. Humm, vale super a pena! O de chocolate é sem dúvida o mais gostoso. 

Linda, linda, linda!

Depois de me deliciar com uma caixa de macarron, fui ver uma das apresentações por ali. Um homem que fazia os outros pagarem mico e o resto da plateia se acabar de rir. Ele chamou cinco caras da plateia, vestiu-os a caráter e fez com que eles dançassem Y.M.C.A., aquela música do Village People.  Tirei fotos pra vocês. Vejam aí, kkkkkk!

Comportados...

Caracterizados...

E pagando mico! "It's fun to stay at the Y.M.C.A."

PS.: Acabei de saber que já existe Ladurée no Brasil. Abriu uma recentemente no shopping JK Iguatemi em São Paulo. Ela que me aguarde!

O que não fazer em Londres (2)

- Se você for alugar algum imóvel em Londres, cuidado com os corretores. Eles têm um papo ótimo, se vestem bem, têm carros poderosos, mas não são nada confiáveis. Eu confiei e me dei mal. Depois de passar uma semana olhando vários apartamentos, encontrei o ideal para minha família. Três quartos, super espaçoso, bem clean e com uma vista (quase) tão perfeita quanto a minha de Salvador (já postei fotos aqui). É de frente para a Tower Bridge. "Vou morar no cartão postal de Londres", pensei eu. Fechamos na hora e pagamos uma semana de aluguel para assegurar o negócio. E olha que não era nada barato. Aliás, moradia em Londres é coisa cara. Estávamos super satisfeitos, Já contando os dias para nos mudarmos. Mas o corretor simplesmente sumiu. Não atendia telefone, não retornava email. Uns três dias depois, quando conseguimos falar com ele, disse que já tinha alugado para outra pessoa. Simples assim. Eles fazem um verdadeiro leilão de imóveis. Quem pagar mais, leva. E não querem nem saber dos seus problemas. São cruéis. Resultado: continuo num quarto de hotel com duas crianças, uma bagunça e sem mais paciência.

Essa seria a vista do meu apartamento.
Tower Bridge com o símbolo das Paraolimpíadas

Como Postar Comentários

Essa é para quem está com dificuldade de postar comentários em blogs, como eu. Na verdade, existem duas opções: ou você comenta como anônimo ou com o seu nome. Nessa segunda opção, o blog te pede também a URL. A questão é: que diabo é URL? 

URL é uma sigla que, em português significa Localizador Universal de Recursos. Simplificando, é normalmente o link, o endereço de um site ou imagem na web ou de um arquivo em seu computador. Ou seja, se você for fazer um comentário em algum blog que peça a sua URL, digite o endereço ou copie e cole o link de alguma página pessoal sua como seu blog, perfil do Facebook, MySpace, Fotolog, etc. É aquele endereço que começa com http://... (informações retiradas de http://www.putsgrilo.com).

Pronto, agora não tem mais desculpa para não comentar, né? No último caso, vai como anônimo mesmo e assina no final.

Notting Hill

Fim de semana passado foi o carnaval de Notting Hill. Nem me peçam para contar a respeito porque eu não fui. Carnaval pra mim é o de Salvador e pronto! Mas hoje eu fui ao bairro e cheguei a conclusão de que realmente o lugar só se tornou famoso por causa do filme pois, na boa, é bem sem gracinha. Trata-se de uma rua bem longa, a Portobello Road (aquela da música do Caetano), cheia de lojinhas e barracas no estilo de feira mesmo que vendem de tudo:  camisas com foto de Julia Roberts, jaquetas de couro, relógios, pratinhos de louça, souvenirs variados, frutas e muitas outras besteirinhas. Iuri, meu filho, comprou uma moeda antiga por 3 libras, disse que seria o seu amuleto da sorte. Se duvidar, ele nem sabe mais onde está a moeda. 

Notting Hill vale a pena não pelas compras. Sinceramente, achei os produtos de quinta. Mas se você conseguir abstrair a confusão de gente comprando e vendendo, vai perceber um outro lado do lugar. Um lado singelo, das casinhas iguais pintadas de cores diferentes, daqueles que se cumprimentam como velhos conhecidos, dos que saem para varrer a porta de casa. Parece que quem mora ali vive a parte da loucura de Londres. Existe algo de mais aconchegante em Notting Hill. E, na minha opinião, são esses detalhes que fazem do lugar um programa legal.

"Walk down Portobello road to the sound of reggae
I'm alive" (Caetano Veloso)

Uma das únicas referências que vi sobre as Paraolimpíadas. 

Nem parece que o evento está acontecendo por aqui.

                                                

Estilo das casas de Notting Hill

Olha o detalhe na janela da casa

O que não fazer em Londres (1)

Não tenho nem dez dias por aqui mas já posso dar algumas dicas para você não se dar mal na cidade:

- Jamais saia sem capa nem guarda-chuva. Pode estar o maior sol, daquele que faz os ingleses correrem para os parques, mas não esqueça: você está em Londres e o clima aqui muda a qualquer momento. Eu entrei nessa furada logo de cara. Estava na enorme fila da London Eye, num dia ensolarado até mesmo para Salvador, quando começou a chover. As pessoas logo sacaram seus guarda-chuvas e eu fiquei com aquela cara de boba, totalmente ensopada. Tratei imediatamente de comprar uma capa (dessas bem baratinhas mesmo) e um guarda-chuva pequeno que agora levo na bolsa. Eles são os meus melhores amigos por aqui!

                                      A quantidade de gente com guarda-chuva na fila da London Eye

                                               Mesmo com chuva, a vista lá de cima é dez!

QUEM SOMOS?

EU: sou jornalista, baiana, tenho trinta e poucos anos. Trabalhei na TV Bandeirantes e na Rede Record. Adoro minha profissão mas admito que os jornalistas trabalham demais e ganham de menos para o meu gosto. "Viver a vida" pode ser piegas mas é o meu lema no momento. Talvez seja a crise dos quarenta se aproximando...

OS OUTROS: Alexandre. Se existe uma frase que bem me defiine é essa: "Sem saber que era impossível, foi lá e fez". Já a de Alexandre, meu marido, seria exatamente a oposta: "Sabendo que era impossível, foi lá e fez". É, dizem que os opostos se atraem. Vai ver que é por isso que a gente está junto tem mais de 10 anos.

Iuri (com i) tem 9 anos. É o mais velho. Não vou ficar aqui corujando meu filho não, mas que ele é lindo, inteligente e educado... (ah, não resisti!).

Lara, minha pequena de quase dois anos. Observadora e perceptiva, ela aprende rápido sobre as coisas do mundo.

LONDRES: quando comecei a dizer as pessoas que ia morar em Londres, ouvi de tudo. Que a comida é ruim, que os ingleses são extremamente formais, que as coisas são muito caras, que existe gente de toda parte do mundo, que é a capital da moda... Clichês a parte, vou descobrir que Londres é essa.

Vista do meu apartamento em Salvador. É ou não é maravilhosa?

Pôr-do-sol da minha varanda

O Blog

Demorei para entrar nessa de blog. Tinha vontade de ter um mas não sabia ao certo sobre o quê escrever, ficava com receio de cair na mesmice. Agora encontrei o mote: contar aqui a experiência que então começo a viver com a minha família em Londres.

Moramos em Salvador, de frente para a baía de Todos os Santos, uma vista que deixaria qualquer inglês boquiaberto. Ao contrtário deles, tenho um verdadeiro staff para me ajudar nas tarefas diárias: cozinheira, faxineira, lavadeira, babá. Deixei de trabalhar há quase três anos para poder me dedicar aos meus dois filhos ao invés de deixá-los numa creche como grande parte das inglesas. Não preciso andar de ônibus (metrô ainda não há na Bahia) pois tenho um carro blindado (não por luxo mas por segurança) com motorista a disposição. Uma vida boa. E também acomodada demais para os dias de hoje.

Decidi largar tudo e partir com a minha família para Londres. Quero ter o trabalho e também o prazer de preparar o almoço (logo eu que só sei fazer brigadeiro), de arrumar a casa, de lavar e passar a roupa (essa é a pior parte). Quero andar de metrô ou simplesmente andar sem rumo certo e sem a terrível sensação de que vou ser assaltada a qualquer momento. Quero que meus filhos aprendam a se virar, a fazer a cama, a fazer uma comida, a limpar o quarto. Quero também descobrir um outro país, com sua gente, sua comida, sua cultura. Sem contar que finalmente vou aprender inglês e não mais  precisar passar vergonha nas minhas viagens pelo mundo.

E tudo isso, eu vou compartilhar aqui com você.